quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Filhos herança de Deus

Atualmente paira sobre as famílias modernas uma grave ameaça em torno da cultura do prazer. O instituto familiar necessita de grande choque de modelo e, sobretudo, de muito apoio religioso para alcançar seu equilíbrio moral. Infelizmente, muitos pais querem que os filhos tenham prazer sem responsabilidade. Sobre isso, o psiquiatra Içami Tiba afirma: “as drogas são maneiras fáceis de conseguir “prazer”. O jovem não precisa fazer nada, apenas ingeri-la. Os filhos estão sendo educados para que usem drogas.” Os pais têm oferecido tudo aos filhos sem exigir responsabilidade em troca, sem exigir que eles mantenham uma disciplina moral.
Os pais são responsáveis pelo desenvolvimento dos valores dos filhos e não devem apostar na escola para exercer essa tarefa. Para Içami, “as crianças viraram batatas quentes: os pais as jogam na mão dos professores, os professores devolvem aos pais.” O psiquiatra reafirma que “um pai de verdade é aquele que aplica em casa a cidadania familiar. Ou seja, ninguém em casa pode fazer aquilo que não se pode fazer na sociedade. Os pais precisam fazer com que os filhos entendam que eles têm que cumprir sua parte para usufruir  benesses. Os pais precisam exigir mais. “O exigir é muito mais acompanhar os limites, daquilo que o filho é capaz de fazer.”. Para Içami Tiba, se “Você quer educar? Seja educado. E ser educado não é falar “licença” e “obrigado”. Ser educado é ser ético, progressivo, competente e feliz.”
Sabemos que a fase infantil, em sua primeira etapa, é a mais importante para a educação, e não podemos relaxar na orientação dos filhos, essa primeira etapa não deve ser enfrentada com insensibilidade. De 0 até 7 anos, aproximadamente, é a fase infantil mais acessível às impressões que recebe dos pais, razão pela qual não podemos esquecer nosso dever de orientar os filhos quanto aos conteúdos morais. “O pretexto de que a criança deve desenvolver-se com a máxima noção de liberdade pode dar ensejo a graves perigos. Já se disse, no mundo, que o menino livre é a semente do celerado.”
Os pais devem compreender essa característica de suas obrigações sagradas, entendendo que o lar não se fez para a contemplação egoística da espécie, mas sim para santuário onde, por vezes, se exige a renúncia e  sacrifício.”.
Os pais devem desde a infância, preparar seus filhos para o trabalho e para a luta que os esperam. Desde os primeiros anos, deve ensinar a criança a fugir do abismo da liberdade, controlando-lhe as atitudes, pois essa é a ocasião mais propícia à edificação das bases de uma vida. Em nossos anos de trabalho com famílias chegamos a conclusão que: “não devemos dar razão a qualquer queixa dos filhos, sem exame desapaixonado e meticuloso das questões, levantando-lhes os sentimentos para Deus. Os filhos rebeldes são filhos de nossas próprias obras, dessa forma, diante dos filhos insurgentes e indisciplináveis, impenetráveis a todos os processos educativos, os pais devem colocá-los nas mãos de Deus, de modo que sejam naturalmente trabalhados pelo Senhor. Eis a razão pela qual, em certas circunstâncias da vida, faz-se mister que os pais estejam revestidos de suprema resignação, reconhecendo no sofrimento a manifestação de uma bondade superior, que remodela e aperfeiçoa com vistas a um futuro espiritual.”.
Mariléa F. R. Carvalho

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